STJD arquiva caso de suposta injúria racial contra jogador Carlinhos, do Flamengo

Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu arquivar o suposto caso de injúria racial envolvendo o jogador Carlinhos, do Flamengo, que foi expulso durante o jogo contra o Grêmio, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, realizado em Porto Alegre.
A decisão foi tomada após a análise de um vídeo gravado na saída de campo, que foi usado como base para uma possível denúncia. A Procuradoria do STJD, após receber as perícias contratadas pelo Grêmio, concluiu que não havia elementos suficientes para acusar a torcedora de racismo.
Os procuradores Eduardo de Sampaio Leite Jobim e Jhonny Prado Silva conduziram a análise do caso, com técnicas que separaram ruídos externos para melhor identificar a voz da torcedora. O Grêmio contratou duas empresas de perícia, o Grupo Peritos, do Rio de Janeiro, e a Becker&Sawitzki, de São Paulo, para realizar o trabalho.
O Grêmio também solicitou retratação ao portal Lance!, que publicou um vídeo legendado do momento em que supostas ofensas teriam ocorrido, e ao Flamengo, que divulgou a denúncia baseada nesse conteúdo.
O Flamengo havia emitido uma nota no domingo, afirmando que Carlinhos teria escutado imitações de macaco e que, no vídeo publicado, uma voz poderia ser ouvida proferindo a palavra “macaquinho”. No entanto, o Grêmio afirmou ter identificado o torcedor responsável pela fala e alegou que a expressão usada foi “tá brabinho?”, dita após o jogador dar um soco na cabine do VAR ao ser expulso.
Com isso, o caso foi encerrado sem denúncia de injúria racial.