Mais de 180 municípios catarinenses estão infestados pelo Aedes aegypti
Imagem: MD.SAÚDE
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) intensifica, durante o mês de novembro, as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em todo o território catarinense. A mobilização, em parceria com os municípios, busca conter o avanço do inseto, que já soma 58.236 focos em 263 cidades de Santa Catarina.
De acordo com o Informe Epidemiológico divulgado em 3 de novembro, o estado registrou 128.410 notificações de dengue em 2025, sendo 25.328 casos prováveis. Até o momento, 21 mortes foram confirmadas e duas seguem em investigação. Dos 295 municípios catarinenses, 184 são considerados infestados pelo mosquito transmissor.
O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), João Augusto Fuck, destaca que o aumento dos casos está relacionado a condições climáticas favoráveis e à falta de hábitos preventivos.
“Temos um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti e ainda enfrentamos dificuldades na manutenção de ações preventivas pela população. O desafio é grande, pois não se trata apenas de eliminar focos, mas de manter uma vigilância constante e o engajamento coletivo”, reforçou.
Além da dengue, o informe aponta também o crescimento expressivo dos casos de chikungunya. Até o início de novembro, foram 2.708 notificações, com 812 casos prováveis, 690 confirmados e quatro mortes registradas. O aumento é de mais de 550% em comparação ao mesmo período de 2024, quando havia 123 casos prováveis.
Assim como a dengue, a chikungunya é transmitida pelo Aedes aegypti e provoca febre alta, dores intensas nas articulações, dores musculares, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à internação e até à morte, especialmente em idosos e pessoas com comorbidades.
Ações e cuidados para evitar o mosquito
A SES reforça que o sucesso no combate ao Aedes aegypti depende da participação ativa da população. Entre as principais medidas preventivas estão:
- Evitar o acúmulo de água parada em pneus, garrafas e latas;
- Não acumular lixo ou entulho em pátios e terrenos;
- Manter piscinas tratadas com cloro ou esvaziadas;
- Lavar com escova e sabão os potes de água e comida dos animais semanalmente;
- Colocar areia nos pratinhos das plantas e eliminar a água das folhas;
- Manter lixeiras tampadas e pneus guardados em locais secos e cobertos.
Com o apoio da sociedade e a ação conjunta dos órgãos públicos, Santa Catarina busca reduzir a proliferação do mosquito e proteger a saúde da população contra a dengue, zika e chikungunya.
