Julgamento no Reino Unido sobre tragédia de Mariana aponta falhas das mineradoras

 Julgamento no Reino Unido sobre tragédia de Mariana aponta falhas das mineradoras

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

No primeiro dia do julgamento na Justiça britânica que visa determinar se a mineradora anglo-australiana BHP Billiton é responsável pela tragédia do rompimento da barragem em Mariana (MG), ocorrido em 2015, o escritório Pogust Goodhead (PG), que representa cerca de 620 mil reclamantes, destacou erros das mineradoras que teriam causado o desastre.

A tragédia resultou na morte de 19 pessoas e no derramamento de 40 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos no Rio Doce, com efeitos devastadores para a região. As audiências, que começaram nesta segunda-feira (21), deverão se estender até março de 2025.

O escritório PG, que representa os afetados, apresentou no tribunal que a barragem pertencia à Samarco, controlada pela BHP e pela brasileira Vale, e que decisões operacionais cruciais foram tomadas com base em interesses acionistas, ignorando questões de segurança.

A BHP, por sua vez, refuta as alegações, afirmando que a Samarco sempre operou de forma independente e destacou os esforços em andamento para reparação e compensação das vítimas no Brasil, com mais de R$ 38 bilhões já destinados pela Fundação Renova.

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