Inter empata com o Santos, segue ameaçado e vive noite de protestos no Beira Rio
Foto: Luiz Erbes/AGIF
O Inter voltou a decepcionar dentro de casa. Mesmo com mais de 37 mil torcedores empurrando o time no Beira-Rio, o Colorado apenas empatou em 1 a 1 com o Santos, na noite de segunda-feira, e segue pressionado pela ameaça de rebaixamento no Brasileirão.
A noite começou turbulenta ainda antes da bola rolar. O clube cometeu uma gafe ao tocar, nas caixas de som, a música “Descer pra BC”, cujo refrão “nós vai descer” soou especialmente desconfortável para um time que luta para escapar do Z-4.
Em campo, o início foi animador. O Inter dominou as ações, jogou no campo adversário e abriu o placar aos 19 minutos: Borré ajeitou de peito para Alan Patrick, que bateu de canhota para marcar.
Mas a boa fase durou pouco. Borré, mantido como titular por Ramón Díaz, voltou a desperdiçar chances claras — ao menos três no primeiro tempo — e perdeu a oportunidade de ampliar antes do intervalo. A comissão técnica defendeu o colombiano, destacando seu comprometimento, porém a má fase seguiu pesando.
No segundo tempo, o castigo veio rápido. Aos 16 minutos, Guilherme passou por Borré na direita e cruzou para Barreal empatar. A torcida reagiu com vaias, e o atacante deixou o campo sob forte cobrança.
O Inter não conseguiu retomar o ritmo da etapa inicial, apresentou queda técnica e novamente demonstrou falta de alternativas táticas. Ramón Díaz soma apenas três vitórias em 12 jogos, e o trabalho segue contestado.
O empate acirrou a revolta nas arquibancadas. Gritos de protesto, críticas aos jogadores e pedidos de renúncia ao presidente Alessandro Barcellos ecoaram no estádio e no pátio. Após o jogo, o vice de futebol José Olavo Bisol reconheceu, enfim, o risco real de rebaixamento e pediu união interna.
Agora, o Colorado volta a campo na sexta-feira, às 19h30, fora de casa, contra o Vasco — adversário direto na luta contra a parte de baixo da tabela. O confronto é considerado decisivo: só a vitória pode trazer alívio em um momento de tensão crescente no Beira-Rio.

