Santa Catarina tem 7,7 mil presos inscritos no Enem PPL 2025

 Santa Catarina tem 7,7 mil presos inscritos no Enem PPL 2025

Foto: Danilo Pousada/ GloboNews

Santa Catarina registrou 7.765 inscrições de pessoas privadas de liberdade no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) 2025. Para muitos participantes, o acesso ao conhecimento vai além de um direito garantido: representa, em diversos casos, a primeira oportunidade concreta de recomeçar.

Dentro das unidades prisionais, onde a rotina costuma ser marcada pela espera, a educação surge como um instrumento de transformação. Por meio do estudo, histórias são ressignificadas, trajetórias reconstruídas e portas que pareciam fechadas passam a se abrir.

A aplicação das provas do Enem PPL está marcada para os dias 16 e 17 de dezembro. O exame é realizado sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que coordena toda a logística e a execução das provas dentro das unidades prisionais, em parceria com a empresa aplicadora contratada.

Segundo o Instituto, o número expressivo de inscritos reflete o comprometimento das equipes pedagógicas e gestoras do sistema prisional catarinense. O trabalho envolve desde o incentivo à participação até a organização dos espaços para a realização das provas, sempre respeitando os protocolos de segurança e as diretrizes educacionais.

Para a secretária de Estado da Justiça e Reintegração Social de Santa Catarina, Danielle Amorim, a participação no Enem PPL representa uma das políticas públicas mais importantes para promover mudanças estruturais no sistema prisional.

“A educação é uma das principais formas de romper ciclos. Quando oferecemos oportunidades reais de estudo, damos a essas pessoas a chance de reconstruir suas trajetórias e de retornar à sociedade com novas perspectivas”, afirma a secretária.

Mais oportunidades

Além de possibilitar o acesso ao ensino superior por meio de programas educacionais, o Enem PPL 2025 traz uma novidade significativa. A partir desta edição, os participantes também poderão utilizar as notas do exame para a certificação do ensino médio, desde que atendam aos requisitos mínimos estabelecidos, ampliando ainda mais as oportunidades de reintegração social por meio da educação.

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