Mano Menezes se irrita em entrevista após derrota do Grêmio para o Botafogo
Após a derrota do Grêmio por 3 a 2 para o Botafogo, na noite deste sábado, o técnico Mano Menezes demonstrou incômodo com alguns questionamentos feitos durante a coletiva. O treinador ironizou perguntas sobre a preservação de jogadores e criticou a incoerência da imprensa ao falar sobre Pavón.
A escalação chamou atenção desde o início. Além de Amuzu e Arthur, que sequer viajaram, jogadores como Kannemann e Carlos Vinícius começaram no banco. Ao ser questionado sobre o motivo de poupar atletas, Mano respondeu com deboche:
— “Porque não queríamos ganhar!”
Na sequência, explicou que a decisão foi baseada em avaliações físicas e no departamento médico: “Amuzu estava com acúmulo, Arthur teve um trauma.”
Mais calmo, o treinador assumiu a responsabilidade pelo resultado, especialmente pelo primeiro tempo abaixo do esperado, no qual o Grêmio sofreu dois gols muito rapidamente. Ele destacou que, até o gol de Cuiabano, o time ainda não havia sido incomodado — apesar de o Botafogo ter marcado aos 14 minutos da etapa inicial.
Mano detalhou a estratégia escolhida para o jogo:
— “Fizemos uma escolha para 90 minutos. A ideia era encaixar. Trouxe o Esteves para a segunda linha, ele seria o quinto homem. Não fizemos bem. Até o momento do gol, o adversário não tinha chutado. Sofremos dois gols.”
Sobre Pavón, o técnico abandonou a ironia e voltou suas críticas à imprensa, afirmando que as cobranças sobre o argentino não condizem com o rendimento atual:
— “Estava entre Alysson e Pavón. Ele tem sido importante, fez duas assistências e estamos muito felizes. Cobrar Pavón é uma incoerência muito grande de vocês.”
Com a derrota, o Grêmio permanece com 43 pontos, ocupando a 12ª posição no Brasileirão. O próximo compromisso é contra o Palmeiras, nesta terça-feira, às 21h30, na Arena.

